terça-feira, 10 de março de 2009

Pé na Jaca


Ontem vi um programa do Marcelo Adnet que estava particularmente engraçado. O tema era o sentido de certos ditos populares. Alguns ele questionava, outros explicava de modo engraçado e para uns outros fez uma musiquinha com seu parceiro Quiabo.

Confesso que esse tema me comove. Tem umas frases que me deixam mesmo pensando: mas de onde diabos veio isso? Cheguei a comprar o livro A Casa da mãe Joana pra conhecer a origem de alguns, mas nunca consegui ler o livro todo. Uso como consulta, quando escuto um dito curioso. Alguns seguem abaixo:

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
LÁGRIMAS DE CROCODILO
É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.
CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
TIRAR O CAVALO DA CHUVA: (esse sempre me intrigou)
- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia por o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
Hoje de manhã, conversando com uma amiga minha, veio uma nova expressão que adorei, uma versão turbinada de uma velha conhecida: enfiar o pé na jaca (que nem precisa de explicação). Minha amiga, que está de dieta e se esbaldou de bolo de chocolate com sorvete no final de semana, disse que estava usando pantufas de jaca!!! Adorei!!! Pude até visualizar essa amiga com pantufinhas de jaca de pelúcia... Muito bom, né? Como ela diz, vamukivamu!

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