segunda-feira, 30 de março de 2009

Pombo Correio


Quem acha que pombo correio está fora de moda, deve ler a noticia do G1:
“A polícia de Sorocaba, a 99 km de São Paulo, interceptou na semana passada dois pombos-correio que levavam aparelhos celulares para dentro da Penitenciária Danilo Pinheiro. As aves foram encontradas nas proximidades do presídio. Elas não chegaram a entrar no local com os equipamentos.”

Confesso que essa notícia me espantou não somente pela criatividade dos presos, mas também porque eu achava que pombo correio era coisa de filme ou de um passado distante.
Uma pesquisa no google me mostrou que se vende pombos correio ainda hoje, e os pombos são usados com essa finalidade porque geralmente voltam para o ninho mesmo após percorrer longas distâncias...

Algumas curiosidades:

•O pombo-correio é fruto de cruzamentos entre raças belgas e inglesas, efetuados na segunda metade do século XIX.
•Chega a percorrer 700 a 1.000 km/dia, a mais de 90 km/hora e tem grande resistência à fadiga

Alceu Valença cantou assim:

Pombo Correio

Pombo correio voa depressa
E essa carta leva para o meu amor
Leva no bico que eu aqui fico esperando
Pela reposta que é pra saber
Se ela ainda gosta de mim
Pombo correio se acaso um desencontro
Acontecer não perca nem um só segundo
Voar o mundo se preciso for
O mundo voa mas me traga uma notícia boa
Pombo correio voa ligeiro
Meu mensageiro e esta mensagem de amor
Leva no bico que eu aqui fico cantando
Que é pra espantar essa tristeza
Que a incerteza do amor traz
Pombo correio nesse caso eu lhe conto
Por essas linhas a que ponto quer chegar
Meu coração o que mais gosta
Voltar pra mim seria assim a melhor resposta

E Drummond escreveu:

Pombo-Correio
Carlos Drummond de Andrade


Os garotos da Rua Noel Rosa
onde um talo de samba viça no calçamento,
viram o pombo-correio cansado
confuso
aproximar-se em vôo baixo.


Tão baixo voava: mais raso
que os sonhos municipais de cada um.
Seria o Exército em manobras
ou simplesmente
trazia recados de ai! amor
à namorada do tenente em Aldeia Campista?


E voando e baixando entrançou-se
entre folhas e galhos de fícus:
era um papagaio de papel,
estrelinha presa, suspiro
metade ainda no peito, outra metade
no ar.


Antes que o ferissem,
pois o carinho dos pequenos ainda é mais desastrado
que o dos homens
e o dos homens costuma ser mortal
uma senhora o salva
tomando-o no berço das mãos
e brandamente alisa-lhe
a medrosa plumagem azulcinza
cinza de fundos neutros de Mondrian
azul de abril pensando maio.


3235-58-Brasil
dizia o anel na perninha direita.
Mensagem não havia nenhuma
ou a perdera o mensageiro
como se perdem os maiores segredos de Estado
que graças a isto se tornam invioláveis,
ou o grito de paixão abafado
pela buzina dos ônibus.
Como o correio (às vezes) esquece cartas
teria o pombo esquecido
a razão de seu vôo?


Ou sua razão seria apenas voar
baixinho sem mensagem como a gente
vai todos os dias à cidade
e somente algum minuto em cada vida
se sente repleto de eternidade, ansioso
por transmitir a outros sua fortuna?


Era um pombo assustado
perdido
e há perguntas na Rua Noel Rosa
e em toda parte sem resposta.


Pelo quê a senhora o confiou
ao senhor Manuel Duarte, que passava
para ser devolvido com urgência
ao destino dos pombos militares
que não é um destino.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Kopenhagen


Hoje resolvi ir à Kopenhagen para comprar algumas coisinhas para a Páscoa. Trata-se de uma tradição familiar: minha mãe sempre me dava ovinhos (daqueles pequeninos) da Kopenhagen e eu amava. Diferente dos outros do mesmo tamanho, os da Kopenhagen não são ocos, o que os torna ainda mais maravilhosos. Minha mãe costumava escondê-los pela casa e, quando eu acordava, começava logo a caça aos ovinhos perdidos. Achava e comia, achava e comia, até que não agüentava mais comer chocolates e começava a guardar todos para ficar olhando as cores diferentes dos papéis laminados e comer mais tarde. Bons tempos... Cheguei eu toda empolgada na Kopenhagen e, de cara, pedi um capuccino. Se alguém não conhece o capuccino da Kopenhagen, recomendo que vá até lá correndo e peça um. Uma dica: vá à loja do Botafogo Praia ou do RB1 e peça caprichado. O que vcs vão receber é uma xícara com chocolate raspado da casa até a boca, uma gota de café e outra de leite. É um sacrilégio! Mas em nenhuma outra loja (e olha que já tentei em várias) o chocolate é tão bem servido quanto nessas duas. Voltando: pedi meu capuccino, me deliciei e pedi 5 (apenas 5) ovinhos pra eu matar a saudade e manter a tradição. O peso foi 56 gramas. O valor? R$8,95!!!!!! Comprei mais um mini ovo de chumbinho pra minha filha, um colehinho (inho mesmo) e uma barrinha – também em proporções bem reduzidas. Total, somando o café, R$32,00. Definitivamente, é hora de quebrar a tradição...

quarta-feira, 25 de março de 2009

São Paulo


Uma amiga comentou comigo que sempre que vai a SP lembra de uma fala de um filme do Domingos Oliveira que diz que carioca quando vai para SP fica em depressão e acaba fazendo besteira. Eu devo ser uma carioca atípica então, pois adoro ir a SP. Não conheço Nova Iorque, mas identifico SP com as descrições normalmente relatadas de NY: a cidade não para, e eu acho lindo passar altas horas pela Av. Paulista e ver tanta vida. Além disso, as grandes programações culturais estão em SP: as maiores livrarias, peças de teatro, shows, exposições. Passei pela livraria Cultura e fiquei boquiaberta. Aqui no Rio sou fã da Livraria da Travessa, com suas estantes de madeira escura. Quando me deparei com a Cultura do Shopping Bourbon, cai dura. Que ambiente mais lindo, aconchegante, com aquelas estantes clarinhas, aquela iluminação convidativa (totalmente diferente das lâmpadas frias da Saraiva), o café espaçoso do Viena no fundo. Sem falar na enorme variedade de livros, cds e dvds, fiquei doida...

Voltando a SP, também adoro fazer compras por lá. O bairro do Bom Retiro é um paraíso de consumo de roupas femininas e as lojas de sapatos, que eu já mencionei antes, são meu fetiche. E claro que tem os restaurantes. Comer em SP é tudo de bom. Eu só fico deprimida em SP quando não tenho tempo de aproveitar nada disso, se bem que só de andar de taxi por lá já me satisfaço olhando a cidade passar pela janela, aquela gente toda, aqueles muros grafitados, os túneis diferentes (adoro os túneis), a velocidade, os prédios e carros chiques...

Só fico tensa mesmo é no aeroporto, rezando pra dar tudo certo. Mas depois de decolar, vem a tam com mais um picolé... E opior foi o discurso: como moramos em um país tropical a tam traz mais uma novidade, e blábláblá... eu chamo isso de redução de custos, eles de novidade. Ok, estou de volta ao Rio!

terça-feira, 24 de março de 2009

Picolé & Omelete

Ontem tive que vir para Sampa e peguei um vôo da TAM. Em geral prefiro a modernidade da Gol, mas o que me consola é que não vou ganhar barra de cereal e ainda tem balinha na Tam.
Embarque finalizado, portas em automático, balinhas servidas, informações sobre segurança, vôo autorizado, lá fomos nós. Eu peguei logo um livro e enfiei a cara nele. Nem ouvi quando anunciaram o serviço de bordo, tão concentrada que estava no livro. Quando a comissária me ofereceu o “lanche” não acreditei. De fato não era barrinha de cereal, mas era... um picolé! E os passageiros ainda podiam escolher entre sabores variados: morango ou tangerina. Gente, que coisa mais inesperada! E eu nem gosto de sorvete (antes que me perguntem por que, eu explico: é gelado; se fosse quente eu gostava). Acabei me rendendo e pegando um picolé de morango, porque pelo menos tinha só 59 calorias.
Ao chegar em SP, para fechar a noite, peguei um táxi no aeroporto para ir para o meu hotel. Já pensava em não sair do hotel nem pra comer mesmo, sonhava com um omelete no quarto depois de um banho quente. O taxista resolve ligar o radio no meio do meu devaneio com omelete de queijo: música sertaneja, daquelas que parece que o cantor está cantando direto do vaso no meio de uma mega dor de barriga, sabe? Afe... Eu pensei: relaxa, não vai demorar muito, a temperatura está boa e daqui a pouco você toma seu banho e come seu omelete... Enfim, depois de muitas músicas desse tipo, cheguei ao hotel. O omelete desejado estava divino, de queijo com cogumelos. Simplesmente perfeito. Nem tudo estava perdido!!!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Futebol

Ontem teve Flamengo X Vasco no Maracanã, que é sempre terreno fértil para pérolas. A melhor que ouvi foi essa:

Clássico é classíco e vice versa.

Então tá!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Versissimo

Recentemente, em uma palestra, Luis Fernando Verissimo foi perguntado pela plateia sobre o que pensa da morte. Ele respondeu: "Sou contra."

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu te amo


Estive lendo hoje o blog do João Paulo Cuenca. Cheguei lá por acaso e de imediato a escrita dele me pegou, ou melhor, me arrebatou. Como ele escreve bem! Há tempos não lia nada assim, ainda mais em blogs. Trasncrevo um pequeno trecho escrito por ele e recomendo uma visita ao blog dele.

"Costuma começar com um tímido “gosto de você” cochichado entre copos, no passo desastrado de dança, na primeira fragilidade exposta. Depois, há gradações que passam por eufemismos como o verbo “adorar” e que são transmitidas em bilhetinhos ou mensagens de texto pelo telefone. A progressão do afeto declarado pode levar meses ou anos até o “eu te amo” definitivo que, como diria Barthes, só tem algum significado na primeira vez que é dito. E se o outro responde que sim (o primeiro “eu te amo” não é uma afirmação, e sim uma pergunta), cristaliza-se a única alucinação que se pode ter em dupla.

Até que dela se acorde."

segunda-feira, 16 de março de 2009

Meu Querido Pônei

Eu não tive, mas sempre achei lindo. Até recentemente dei um pra minha afilhada. Sim, eu já quis ter um querido pônei! Essa sessão nostalgia foi causada por uma matéria que vi na internet sobre as novas versões para os bichinhos. Achei muito legais, e reproduzo aqui para vocês!


O site que tem os pôneis é o http://www.thetoyzone.com/25-inspiring-my-little-pony-mods/

sexta-feira, 13 de março de 2009

Água Perrier


Hoje fui tomar um café com uma amiga chique. Na verdade, fomos comer um bolo de cenoura que vem com uma calda quentinha de chocolate, onde muitas vezes afoguei minhas mágoas. Hoje o intuito era somente nos deliciarmos com o bolo, e lá fomos nós. Quando chegamos a garçonete perguntou o que iríamos beber. Eu pedi um café, minha amiga pediu água mineral. A garçonete disse: só tem Perrier. Eu disse que não, minha amiga disse SIM!

Na mesma hora olhei pra ela com olhos arregalados. Aprendi na escola que água é inodora, incolor e insípida, então não via a necessidade de gastar R$9,40 com uma garrafinha de água. Minha amiga argumentou que Perrier era realmente maravilhosa e que eu tinha que experimentar. Acabei cedendo...

De fato ela é diferente, mais leve. Foi um bom arremate ao bolo de cenoura e ao café. Ok, amiga chique, ponto pra você!

Fui pesquisar o que há de diferente com essa água e achei o texto abaixo na wikipedia:

De acordo com a lenda, em 218 A.C., Hannibal estava viajando com seus soldados a caminho de Roma, e após cruzar a Espanha, montou acampamento em um local que posteriormente ficaria conhecido como Les Bouillens. Neste local havia uma fonte de água borbulhante que os soldados acharam particularmente refrescante. Tal fonte ficou famosa e é citada em diversos momentos ao longo da história. Em 1894 as terras onde a fonte estava localizada foram arrendadas para um médico de Nîmes, Dr. Louis Perrier, que 4 anos depois estava vendendo a água da fonte e seus benefícios numa época dominada pelo vinho.

Ah, vale registrar que fiz questão de um brinde de água Perrier. Afinal, era a minha primeira vez…

Mistérios de Sexta Feira


Como hoje é sexta feira, acordei inspirada. Ontem dormi cedo, o que contribuiu para despertar renovada. Resolvi então usar uma calcinha nova, bem bonitinha, que tem uma florzinha branca em um lacinho na lateral direita. Coloquei uma calça bonita, minha sandália recém retornada do sapateiro, que brilhava por ter sido engraxada com capricho, e uma blusa de um ombro só para agüentar o calor. Levei um blaser para ficar mais composta na empresa e coloquei um arco no cabelo. Lá fui eu! Consegui pegar um ônibus razoavelmente populado, sentei na janela e nem os vômitos da mocinha grávida a minha frente me abalaram (ela foi gentil em vomitar para fora do ônibus, sem deixar vestígios por dentro).

Cheguei ao trabalho e dei de cara com o meu chefe, que perguntou: esqueceu metade da blusa? Ok, hora de vestir o blaser...

Passei no banheiro, fiz um xixizinho básico, lavei minhas mãos e segui pra sala do chefe pra discutir um documento urgente. Conversa encerrada, ele viu algo estranho no chão. Abaixou, pegou e me perguntou se era meu. Gente, era a flor da minha calcinha! Com pode isso! A danada desocolou e caiu pela perna da minha calça justo na sala do chefe. Eu olhei pra ela, olhei pra ele e disse: não, isso não é meu; não mesmo. Ele jogou minha florzinha no lixo e eu sai cabisbaixa. Como eu ia dizer pro chefe que a florzinha era minha, sabendo de onde ela caiu? E como ela pode cair com tanta roupa por cima? Mistérios de sexta feira...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Shoeaholic


Pois é... descobri uma nova definição para mim mesma: shoeaholic. Antes me classificava simplesmente como centopéia, pois gosto tanto de sapatos que parece que tenho cem pés. Mas agora que descobri essa definição, ficou mais chique, né?

Sugiro a outras shoeaholics como eu que visitem as lojas recém inauguradas no RJ:

www.capodarte.com.br

www.santalolla.com.br

E quando estiverem em Sampa:

www.verano.com.br

www.shoestock.com.br/

Voltando para o Rio, essa já tem um tempinho mas eu a descobri recentemente:

www.megashoes.com.br/

Boas compras, depois me contem!

Fuck it list

Antes de entrar no tema propriamente, quero registrar uma reflexão sobre o jeito não linear de se navegar. Entrei no blog de uma amiga e vi uma atualização cujo titulo chamou minha atenção no blog de uma amiga da minha amiga. Uma vez lá, tinha referência a um terceiro blog, onde fui, e que me levou a um twitter. Que loucura, não? Desse twitter, vim direto pra cá, comentar no meu blog. Caminhos loucos que trilhamos na web... Ás vezes sinto falta de um pãozinho pra ir jogando pelo caminho caso eu queira voltar... O que me preocupa é que estamos criando um modelo mental totalmente não linear, e fico me perguntando qual a consequencia disso no longo prazo. Ou talvez seja só o espanto de alguém que está ficando velho, sei lá...

Vamos ao tema! Depois de tantos blogs, cheguei a uma Fuck it list. Achei a idéia curiosa! Trata-se de uma lista de coisas que você não pretende fazer antes de morrer. Em geral listamos os livros que temos que ler antes de morrer, os lugares que temos que visitar, as músicas que temos que ouvir, etc... Por isso gostei da idéia de registrar o que não queremos. Até porque, às vezes é mais fácil saber o que não queremos do que o que queremos. Decidi fazer a minha, mas deixo uma ressalva: como somos seres mutantes, reservo a mim mesma o direto de mudar de idéia com o tempo. Isto posto, segue a lista:

1. comer coisas esquisitas, tipo grilo, escorpião e demais insetos...
2. fazer esportes radicais
3. ler Paulo Coelho
4. ir a um show da Banda Kalypso
5. comprar uma papete (sabe aquele sapatinho?)
6. usar pochete (cartucheira pode....)
7. viajar sem dinheiro e me hospedar em pousadas de quinta categoria ou campings
8. virar bitolada religiosa
9. virar dançarina de axé
10. aprender a falar alemão

Acho que se pensasse mais teria muitas outras coisas a acrescentar, mas 10 fica um número bonito, né? É isso... Quem quiser conhecer a original, acesse aqui.

terça-feira, 10 de março de 2009

Cantadas


Minha amiga Fofa escreveu um post em seu blog sobre uma cantada e isso me fez recordar de várias cantadas esdrúxulas que recebi. Seguem algumas:

- Nossa, você é tão bonita! Parece um cocker spaniel
(por que esse sujeito não via pegar alguém lá na SUIPA, hein?)

Depois de um clássico, oi, tudo bem qual seu nome, o que vc faz, o nanico falou:
- Eu sou dentista. Você já pensou em usar aparelho?
(vai se #@*&%... e depois disso ele ainda queria que eu ficasse com ele... afe)

- Seu sorriso é uma delícia, que nem margarina!
(o cara até que era bonitinho, mas depois dessa...)

Tem alguns clássicos da cantada sem graça, do tipo:

Eu não te conheço de algum lugar? (pode crer que não)
Você caiu do céu... (deve ter sido de uma vassoura de bruxa)
Você vem sempre aqui? (vinha, até descobrir que vc freqüenta o lugar....)
Ta sozinha? (não, to aqui com o meu amigo imaginário, não ta vendo?)

Agora, pra saber como você está, nada como o teste da obra. É simples: coloque uma roupa justa e passe na frente de uma obra. Se você não ouvir o clássico “te chupo todinha”, se jogue na frente do primeiro carro que passar...

Para finalizar, uma dica para os homens: sejam mais criativos ou sejam simples e diretos. É melhor, viu? Mas, para amenizar, mesmo uma cantada ruim pode ser divertida. Se não melhorar a auto estima, pelo menos alimenta o blog...

Pé na Jaca


Ontem vi um programa do Marcelo Adnet que estava particularmente engraçado. O tema era o sentido de certos ditos populares. Alguns ele questionava, outros explicava de modo engraçado e para uns outros fez uma musiquinha com seu parceiro Quiabo.

Confesso que esse tema me comove. Tem umas frases que me deixam mesmo pensando: mas de onde diabos veio isso? Cheguei a comprar o livro A Casa da mãe Joana pra conhecer a origem de alguns, mas nunca consegui ler o livro todo. Uso como consulta, quando escuto um dito curioso. Alguns seguem abaixo:

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
LÁGRIMAS DE CROCODILO
É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.
CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
TIRAR O CAVALO DA CHUVA: (esse sempre me intrigou)
- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia por o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
Hoje de manhã, conversando com uma amiga minha, veio uma nova expressão que adorei, uma versão turbinada de uma velha conhecida: enfiar o pé na jaca (que nem precisa de explicação). Minha amiga, que está de dieta e se esbaldou de bolo de chocolate com sorvete no final de semana, disse que estava usando pantufas de jaca!!! Adorei!!! Pude até visualizar essa amiga com pantufinhas de jaca de pelúcia... Muito bom, né? Como ela diz, vamukivamu!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Bip Bip


O domingo iniciou bem próximo da perfeição. Acordei tarde, tomei um café da manhã saboroso e fui à praia (de táxi) com o meu namorado (num raro domingo de folga). Alugamos barraca e cadeiras, ficamos perto de um chuveiro, aproveitamos o sol e o vento, namoramos, curtimos a paisagem da nossa bela cidade no dia do seu aniversário. Depois da praia comemos um peixe saboroso num restaurante em frente à praia e... decidimos caminhar até um bar que supostamente teria uma roda de samba badalada. Estávamos no posto 1. Pensei que não ia ser nada mal uma caminhada para fazer a digestão, embora caminhar de havaianas não seja a melhor coisa do mundo. Ainda embriagada pelo dia feliz, fui seguindo animada, mas, lá pelas tantas, fiquei que nem criança pequena: pai, ta chegando? A roda gigante, que eu avistava bem ao longe da praia, agora ficava cada vez maior. Andamos até o posto 5, nem sei qual a distância, mas aquilo acabou com o meu humor. Tudo bem, pensei, pelo menos vai ter o samba pra me animar. Quando chegamos no Bip Bip, tinha uma mesa com senhores tocando baixinho (acústico) e uma única alma assistindo. Ah, foi demais! Olhei praquilo, já sentindo dor no calcanhar, me sentindo Aquiles, e pro meu namorado que ria da minha cara e disse: agora chega, vamos pra casa! Ele aquiesceu, pegamos outro táxi e... engarrafamento na Lagoa. Afe!

Hoje me sentindo um pouco dolorida e, de cabeça fria (estou no ar condicionado, o que ajuda um pouco as coisas), chego à conclusão que preciso entrar na academia com urgência! Afinal, nem andei tanto assim, andei? Enfim, colocando na balança, o domingo foi maravilhoso. Mas que eu tenho que largar essa vida sedentária, isso tenho...