sábado, 17 de maio de 2008

Calcinha bege


Esses dias vi a chamada de um humorístico em que a mulher reclamava que o marido não a procurava mais. O conselheiro emocional perguntava a ela: “Você já está na fase das calcinhas bege?” Morri de rir... adoro calcinha bege!!! E se for de malha, confortável, melhor ainda. Calcinha (e sutiã) bege é uma tranqüilidade! Não marca, cabe com qualquer roupa. Mas realmente é totalmente anti-sensual. Broxante até...
Eu, como quase todas mulheres que conheço, quero o conforto de uma calcinha bege de malha e a volúpia de uma calcinha minúscula de renda preta. Difícil conciliar... Existem duas categorias de calcinha: as que são pra botar e esquecer que está vestindo e as que são feitas pra tirar... As calcinhas adequadas ao crime são lindas, cada vez mais elaboradas e caras, embora de tecido mesmo tenham quase nada. Mas quem consegue usar isso todo santo dia? E combinando com o sutiã? Eu bem que tento, mas não consigo. A fase que eu me esforçava mais era a que tomava banho na academia. Eu não queria que aquele bando de mulher me visse com a minha calcinha de malha com estampa de carinha... então usava umas mais chiques, com rendas, e ficava o dia inteiro puxando elas pro devido lugar... Mulher sempre repara nessas coisas, né? Até mais que homem... não ia arriscar.
O pior é quando você compra aquela lingerie mega cara e o cara tira tudo correndo e nem olha pro seu investimento. Por outro lado, se ele ficar admirando e não tirar, a gente fica irritada também, né? Enfim, a sedução é um mistério. Mas que calcinha bege de malha é bom, isso é.

domingo, 11 de maio de 2008

Dia das mães

Há exatos dez anos eu participava de um processo seletivo quando me foi pedido que descrevesse minha vida em 30 segundos. Na época eu disse que minha vida se dividia por duas grandes linhas de corte. A primeira ocorreu aos treze anos, eu perdi minha mãe e achei que minha vida não tinha mais sentido. A segunda aos dezoito quando nasceu minha filha e eu percebi qual era o verdadeiro sentido da minha vida. A psicóloga que conduzia o processo seletivo se emocionou – na época ela nem era mãe ainda – e depois me disse que essa declaração fez diferença no processo. Eu conquistei um emprego e uma amiga.

A verdade é que essas linhas de corte são extremas para mim. Ao perder minha mãe cedo, perdi algumas referências. Deixei de experimentar muitas coisas que se vive com a mãe. Mal tive tempo de conhecê-la bem, estava entrando na adolescência quando ela morreu e deixei de notar muitas coisas a respeito dela. Depois que minha filha nasceu eu me dei conta. Me dei conta do quanto era grandioso ser mãe. Do quanto a minha foi fundamental para minhas referências, mesmo tendo convivido pouco tempo com ela. Me dei conta de que ter uma vida em suas mãos é tão importante, tão delicado e tão mágico, que só se passando por isso para saber. Vivi os anos seguintes com um único propósito: sustentar minha filha, propiciar a ela o que de melhor eu pudesse, para que ela direcionasse sua vida para um caminho ético, do bem. A cada vez que buscava uma posição profissional melhor, fazia isso pensando nela. Pensando em sua educação, em exemplos positivos que poderia deixar para ela, em coisas boas que poderia lhe oferecer. Cada escolha que fiz, levei ela em conta. Cada passo, cada plano.

Claro que não acertei em tudo, mas também não fiz feio. Hoje minha filha tem 16 anos e eu me orgulho muito dela. Ela é uma pessoa integra e tem a vida pela frente para investir sua energia, sua seriedade e sua sabedoria. Sabedoria essa que eu mesma nunca tive, mas que ela desenvolveu. Hoje tenho uma espécie de sensação de dever cumprido, como se agora fosse mais observar do que criar. Como se agora pudesse colher os frutos. E sei que serão lindos frutos, porque apesar de eu não ser uma pessoa fácil de se lidar, conseguimos construir uma relação próxima, de confiança. Não temo em dizer que minha filha é minha melhor amiga, a que mais me compreende, que mais se preocupa comigo e que mais é capaz de me ajudar.

Hoje é dia das mães, um dia criado pelo comércio, mas é um dia que não custa dizer: minha filha, eu amo muito você. Mesmo quando brigo, mesmo quando estou chata, atacada, mesmo quando choro. Você sempre foi minha razão para viver. E eu me orgulho muito de você.

sábado, 3 de maio de 2008

Feriado

Hoje o sol volta a brilhar e o feriado emendado melhora. Dia bom para rir, brincar, ver os amigos. Eu me sinto melhor como o tempo, embora se anuncie um ciclone extra tropical e o mar esteja de ressaca. Minha ressaca vai se desfazendo aos poucos, e eu me permito olhar mais longe. A vida segue, é o que dizem. E é verdade, ela sempre segue, mesmo à nossa revelia. Sabem do que mais? Não é tão ruim assim!