sábado, 24 de abril de 2010

Partido em 5


Na década de 60 o samba era perseguido pois era visto como vadiagem. Os músicos não podiam tocar na rua, então tocavam no trem, indo para suas labutas. Com isso, só instrumentos pequenos podiam ser usados, como repique de anel, cavaquinho, pandeiro e cuíca. O grupo Partido em 5, formado por Candeia, Velha, Casquinha, Anézio, wilson Moreira e Joãozinho da Pecadora foi um dos representantes desse bom samba. Separei algumas pérolas do seu disco cuja capa reproduzo nesse post, gravado em 1975, para vocês conhecerem um pouco do samba de criolo da época, o bom pagode da massa!

"Não sei se é da natureza ou obra do destino
que mulher nasce sorrindo, cresce fingindo e morre mentindo"

"Em casa que mulher manda, até galo canta fino"

"Quem espera tempo bom é sertanejo
Não leve a mal, me dê o meu agora
Em festa de rato não sobra queijo"

"Quem vive de promessa é santo
Cobra que não anda não engole sapo
Urubu sem olfato morre de fome"

"O negócio é o amor, o resto é conversa fiada
Amanhã a gente morre, da terra não se leva nada"

PS: Descontado o machismo da época, o samba é uma delícia!!!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Boneyard


Ainda no ritmo férias, fui conhecer uma loja que abriu há cerca de um mês em Botafogo, a Boneyard. A loja já existiu algum tempo atrás e ficou 10 anos fechada por conta da alta do dólar, pois só vendia artigos importados. Agora reabriu em um casarão incrível na rua Paulino Fernandes, 7, em Botafogo. É um prato cheio pra quem gosta de caveirinhas. Tem tudo com caveiras: copos, pratos, acessórios de banheiro, toalhas, cinzeiros, roupas, enfeites. Na essência era uma loja punk, mas não sei se hoje se pode classificá-la assim. Eu diria apenas que é moderna. Tem ainda móveis retrô, gibis, livros e em breve terá um simpático barzinho e um estúdio de tatuagem. Destauqe para as roupas de bebê para filhos de roqueiros e para os pratinhos de criança do Kiss e Ramones. Demais!
Vale uma visita, sem contar que o dono todo tatuado é um excelente anfitrião, com quem fiquei batendo um longo papo! A casa programa ainda vários eventos interessantes, como pintura de camisetas na hora, com direito a muito rock rolando.

Sob medida


Descobri uma costureira e me entreguei à novidade de fazer roupas sob medida. Primeiro fui até a costureira tirar as medidas e escolher os modelos. Depois fui ao Saara comprar os tecidos na loja São Januário, que minha querida Áurea indicou. Fiquei um tempão por lá, escolhendo tecidos, medindo daqui, dali. Saí com várias idéias na cabeça.
Voltei à costureira para deixar os tecidos e fiquei numa espera ansiosa.
No dia que fui fazer as provas, achei tudo muito estranho. As roupas apenas alinhavadas não tinham forma ainda e eu podia jurar que não ia dar certo...
Quando fui buscar foi uma surpresa. Foi interessante ver como as coisas iam se ajeitando no próprio corpo: bainhas, pregas, botões, mede daqui, mede dali... Acabou saindo mais caro que se eu comprasse pronto, mas a roupa feita pra mim ficou maravilhosa no corpo! Adorei... pena que demora tanto, o que é proibitivo para pessoas ansiosas...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Já é primavera no meu jardim...

Férias


Nas minhas férias fiz uma pequena viagem. Passei quatro dias em Búzios, vivendo a vida. Ok, trocadilho infame, mas foi uma verdadeira sessão de descompressão. Ficava lá sentada, olhando o mar, apenas respirando e jogando fora o stress. No terceiro dia me sentia leve. Pena que no quarto fui embora... Precisava de mais tempo por lá para ter um efeito mais duradouro. Mas tudo bem, parti para outros programas. Fui à praia no Rio mesmo, em dia de semana, me sentindo uma vagabunda... Sempre achei que esse povo que vai a praia em meio de semana era vagabundo, como pode não trabalhar e ir à praia? Pois é, lá estava eu em Ipanema, água agradável, banco de areia, ventinho, mate de galão, ai, ai...
Depois almoço no Capela, daqueles que só na Lapa... E depois, preguiça, livros, tarefas domésticas com uma dedicação que a rotina me impede de ter.
Ainda aproveitei para renovar os armários da cozinha, que estavam caindo aos pedaços e ficaram lindos. Saí com meu bebê pra fazer compras num típico dia de meninas e de paz. Shopping, comidinhas diferentes na minha linda cozinha, temperos novos.
Mas o melhor foi o dia que fui à feira com a minha vó. Gente, adoro feira! Acho aquilo tão bonito, todas as cores, cheiros. O movimento, a conversa com os feirantes. Todos dão bom dia, todos podem jogar conversa fora. É muito mais pessoal que um mercado, as pessoas compram com tempo. A-do-ro! Minha vó ficou boquiaberta comigo. Em geral ela vai à feira focada, compra tudo que precisa que nem um motorzinho e volta pra casa. Eu fui passear. Peguei receitas, descobri o nome de alguns temperos, fiquei de lá pra cá observando as cores das barracas e distribuindo bom dia a todos. Saí de lá que nem criança que ganhou doce – aliás comprei mesmo uma bala de coco daquelas que desmancham na boca me homenagem à minha infância. To bom redescobrir o prazeres das pequenas coisas...